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O Grupo de Acção Cultural - Vozes na Luta (GAC) foi um colectivo de cantores e músicos politicamente empenhados, nascido do período revolucionário em Portugal, após o 25 de Abril de 1974. Foi fundado em Maio de 1974 por José Mário Branco, Fausto, Afonso Dias e Tino Flores que se encontraram numa sessão de canções revolucionárias em Almada. Foi em casa do Fausto que, nessa mesma noite resolveu criar-se o Grupo de Acção Cultural. Em Setembro de 1974 juntaram-se ao grupo o Luís Pedro Faro e inúmeros cantores dos coros de Almada e da Juventude Musical Portuguesa. Por esta altura Fausto abandona o projecto e Tino Flores regressa ao Porto. Fizeram-se nestes breves meses de 1974 dezenas de sessões de canto por todo o país. O GAC, que acabaria em 1978, fez história, influenciando musicalmente grupos como a Brigada Victor Jara, etc.
Em finais de 1975, Afonso Dias vai para a Assembleia Constituinte, substituindo Américo Duarte. Regressaria em Junho de 1976.
O GAC participou no Festival RTP da Canção de 1975 com Alerta, canção orquestrada por Luís Pedro Faro que foi responsável pela maioria das harmonizações e orquestrações do GAC com participações ocasionais de Eduardo Paes Mamede. Por esta altura , alguns membros iniciais (como interpretes e letristas) do GAC (incluindo Adriano Correia de Oliveira, José Jorge Letria, Francisco Fanhais, Manuel Freire e Manuel Alegre) já tinham saído por diferendos ideológicos com a linha maioritária do grupo, por serem vistos como «reformistas» (tendendo à social-democracia) ou «revisionistas» (do marxismo).
Ao longo dos seus quase cinco anos de vida o GAC realizou centenas de sessões de canto por todo o país, em fábricas, no campo, nos quartéis.
Isabel Silvestre incluiu uma versão de "Ronda do Soldadinho no seu álbum "A Portuguesa".